quarta-feira, 9 de setembro de 2015

FUNCIONALISMO PÚBLICO NA LUTA

O ano de 2015 está sendo marcado pela luta de funcionários públicos. Está luta não é só em um estado ou cidade, ela se espalha por todo o território nacional. Hoje postarei dois pequenos artigos que escrevi sobre este tema.

POLÍCIA PARA QUEM PRECISA DE POLÍCIA

Arte de Bira Dantas
Polícia, dizem que ela existe para ajudar, dizem que ela existe para proteger, mas nunca ouvi dizer que ela existisse para espancar professores. Mas foi isso que ocorreu em Curitiba, no Paraná, em abril de 2015, onde o Governo do Estado mandou coibir à força as manifestações dos professores que protestavam contra um golpe que o Governo queria dar no plano de carreira dos professores. Lamentável ver professores terem que ir às ruas lutar para manter seus direitos adquiridos contra um Governo que parece defender outros interesses. Agora, o pior é ver este mesmo Governo atacando aqueles que educam o povo, de forma tão agressiva. Quando veremos a polícia ser instruída a defender aqueles que estão sendo atacados em seus direitos?

Texto: Denilson Reis
Ilustração: Bira Dantas (SP)

O TAMANHO DO ESTADO

Os servidores públicos do Estado do Rio Grande do Sul estão mobilizados para lutarem por seus direitos, pois, o governo tem parcelado o pagamento dos salários, ameaçado em mudanças no plano de carreira, aposentadoria e na previdência do Estado. Peguei uma fala de um líder do governo pedindo para os servidores serem sensíveis já que o Estado está sem recursos para investir em áreas fundamentais e pagar o funcionalismo. Ele concluiu perguntando qual o tamanho do Estado que queremos? Minha resposta, de um trabalhador assalariado que depende dos serviços públicos (saúde, educação, segurança etc) seria de um Estado gigantesco com muito investimento nestas áreas. Já o governo do Estado, aplicando a cartilha do neoliberalismo quer um Estado Mínimo.

Arte de Gervásio Santana
Esta é uma prática dos governos de centro-direita aqui no Rio Grande do Sul e começou com o ex-governador Antônio Brito, responsável pela venda da CRT e pela aplicação do programa de demissões voluntárias. Hoje, o atual governador, Ivo Sartori, vem com o mesmo projeto de Estado Mínimo. Quem depende do Estado e aí não falo só no funcionalismo, mas na maioria da população, deveria estar ao lado da mobilização dos servidores públicos. Eles não estão lutando só pelos seus salários e benefícios, a luta é muito maior, é por um Estado que garanta serviços públicos de qualidade.

Texto: Denilson Reis
Ilustração: Gervásio Santana (RS)

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