segunda-feira, 16 de maio de 2011

13 DE MAIO


Em 13 de maio de 1888 a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea, decretando oficialmente o fim da escravidão no Brasil, último país que ainda mantinha o escravismo na forma da lei. Passado mais de 100 anos, um século após, os afro-brasileiros têm o que comemorar ou refletir?

A Lei Áurea não nasceu da boa vontade da Princesa, mas foi fruto de um intenso movimento abolicionista e também dos interesses de escravocratas decadentes que visavam se livrar de escravos dos quais não vislumbravam mais lucros. Anterior a Lei Áurea, tivemos a Lei do Ventre Livre (1871) que não teve êxito, pois não veio acompanhada de creches para os recém-nascidos. Já a Lei dos Sexagenários (1885) também não vingou, pois faltou ao governo providenciar asilos para os libertos.

Assim como nas leis anteriores, na Áurea, o governo não criou condições para o futuro dos ex-escravos, como o fomento de um amplo mercado de trabalho capaz de absorver esta nova mão-de-obra, agora assalariada.

Os dias de hoje são reflexos de nossa História. Quando vemos os afro-brasileiros, todos descendentes de escravos, marginalizados e compondo a maioria da população miserável do país, conseguimos compreender os caminhos da História.

Como nós somos os protagonistas da História, podemos traçar novos rumos para a sociedade brasileira e, assim, revertermos um erro que ainda não conseguimos corrigir.

Texto: Denilson Rosa dos Reis
Ilustração: Joe Nunes (RS)

Nenhum comentário:

Postar um comentário