terça-feira, 19 de outubro de 2010

A REBELIÃO DAS MÁQUINAS

Uma das séries cinematográficas mais espetaculares que vem atravessando décadas é “O Exterminador do Futuro”. Acompanhei todos os quatro filmes da série, todas muito boas. Mas, quando assisto aos filmes, lembro-me de um personagem histórico chamado Ned Ludd.

Ned Ludd foi um artesão que viveu no final do século XVIII, em Leicestershire, na Inglaterra. Era considerado um lunático que penetrava nas fábricas à noite e reduzia a pedaços as máquinas de tecelagem. Entre 1811 e 1816 o Movimento Ludista – inspirado em Ned Ludd – dedicava-se à destruição das máquinas e protestos contra a tecnologia. Argumentavam que as máquinas levariam ao fim da humanidade, pois tiravam seus serviços, levando ao desemprego, miséria, etc. Afinal, Ned Ludd e o Movimento Ludista eram realmente um bando de lunáticos ou seriam visionários?

Não cabe dúvida que a tecnologia vem avançando a passos largos desde que os Ludistas começaram a quebrar as máquinas. Conforme a tecnologia avança, as máquinas vão substituindo a mão-de-obra dos humanos. Onde isso nos levará? Segundo a série, as máquinas tomarão conta dos seres humanos, que terão de lutar como sub-raça contra o poderio tecnológico das máquinas. Muitos poderão argumentar que é apenas uma série de Ficção Científica, mas ela – a Ficção Científica – já antecipou muitas coisas que viríamos a desenvolver depois.

Não vamos ressuscitar o Movimento Ludista, mas uma tecnologia poupadora de mão-de-obra deve abrir caminho para outra forma de sobrevivência do trabalhador.

Texto: Denilson Rosa dos Reis

Ilustração: Diego Müller (Estância Velha/RS)